Uma das maravilhas da engenharia construídas no século é o arquipélago Palm Islands. O arquipélago é formado por três ilhas artificiais em forma de palmeiras, a Palm Jumeirah , a Palm Jebel Ali e a Palm Deira. As ilhas artificiais, maiores do mundo e com os maiores projetos que já se viu, se encontram em Dubai nos Emirados Árabes Unidos. Elas foram construídas com o fim de alavancar ainda mais o turismo na região.

A economia do país era baseada na extração do petróleo e com a perspectiva de fim das reservas, viu-se no turismo uma saída econômica. A ideia era triplicar o número de turistas, de 5 milhões para 15 milhões, no entanto a pequena extensão territorial e a aridez da região eram um entrave. Dentre as inúmeras megaconstruções com fins turísticos, resolveu-se construir da primeira ilha que hoje compõe o arquipélago, a Palm Jumeirah, que aumentou em 56 Km a costa de Dubai que era de apenas de 72 Km. O extraordinário plano era construir uma cidade na ilha, com centros comerciais, restaurantes, hotéis, apartamentos e casas. Para tanto, contratou-se a Nakheel Properties, uma empresa de imóveis dos Emirados Árabes Unidos. Para a construção foi convocada a empreiteira holandesa Van Oord , uma dos maiores especialistas do mundo na recuperação de terras, para panejar a dragagem marinha. O início da megaobra deu-se em 2001, tendo o seu fim projetado para entre 2011 e 2016. No entanto, já em 2006 os primeiros proprietários começaram a mudar-se para a ilha e em 2009 já estava em total funcionamento. O sucesso foi tão grande que resolveu-se construir as duas outras ilhas: a Palm Jebel Ali e a Palm Deira. 

Desafios na Construção: Engenho e Arte

As ilhas são circundadas por quebra-mares em forma de lua crescente que diminuem o impacto das ondas. Foram levados em consideração para a construção de tais estruturas a força das ondas na região, as marés, os ventos e até mesmo os efeitos do aquecimento global. A areia dos quebra-mares foi revestida por um geotêxtil permeável que evita erosões.

Apesar da abundância de areia na região, a disponibilidade desse material foi um desafio. A areia dos desertos próximos não poderia ser utilizada, pois era muito fina e caso fosse usada, a ilha poderia literalmente se desmanchar. Foi necessário, portanto, uma seleção minuciosa do material.

A estrutura das ilhas foi fundada por um processo de dragagem. As dragas retiram a areia do fundo do mar e a depositam em camadas até que fosse atingida a altura ideal. As coordenadas tinham que ser minuciosamente calculadas e as dragas precisamente posicionadas para que o jato de areia atingisse o local correto. Por cima da areia foi colocada uma camada de pedras e duas camadas de rochas grandes (de até seis toneladas cada), que protegem a estrutura. Cada pedra foi colocada individualmente por um guindaste, e suas posições foram cuidadosamente calculadas por coordenadas de GPS, obtidas a partir de um satélite particular, garantindo o formato complexo das ilhas.

Nas imagens é possível observar o processo de dragagem, onde a areia é pulverizada a uma velocidade de 10m/s.

Para evitar o fenômeno da liquefação, que poderia ser ocasionado caso a região fosse atingida por um terremoto, levando à completa destruição da ilha, ela precisou ser compactada. Para isso, antes que fossem construídas as casas, o solo teve que passar pelo processo de vibro-compactação. O processo consiste na perfuração do solo por sondas (mais de 200 mil buracos), as sondas liberam água com alta pressão e ar no solo e então a broca vibra, agitando o solo ao redor.

Outro problema que surgiu foi que os quebra-mares poderiam estagnar a água dentro da ilha, não permitindo a sua renovação. Para resolver isso foram feitas aberturas laterais nos quebra-mares permitem que a água circule totalmente a cada 13 dias.

Estivemos conhecendo esse maravilha de perto e ainda pudemos fazer um incrível salto de cima dessa obra indescritível, confira o vídeo em nosso canal a seguir:

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